Saindo do Óbvio

Geralmente escolhemos uma cor que será usada em todo o mobiliário da cozinha. No máximo o que vemos são as portas de uma cor e o corpo do móvel de outra (portas de madeira e caixas brancas, por exemplo).

Nas cozinhas bicolores o contraste é bem mais evidente, e também o efeito que elas produzem. Em alguns casos, a ilha é pintada em uma tonalidade diferente das demais, o que dá a impressão que ela foi incluida mais tarde. Em outros, os armários inferiores têm uma cor e os superiores, outra, em geral mais clara que a primeira, o que faz com que eles fiquem visualmente muito mais leves.

Gosto da abordagem principalmente em cozinhas de tamanho grande. Nas pequenas, quanto menos informação, maior a sensação de espaço. Mas achei que as cozinhas biclores viessem com força maior, o que pelo visto não é o caso, em especial no Brasil, onde é praticamente inexistente.

Os estilos de decoração, assim como a moda, têm suas tendências. Eu prefiro sempre me manter em padrões clássicos, sempre atuais. Mas gosto do que tem acontecido nos últimos anos, em que as cozinhas estão sendo mais valorizadas e tratadas como um ambiente tão importante quanto uma sala de estar, por exemplo.

Não vejo motivos para descartar esta opção: com planejamento correto, é uma maneira simples de valorizar o espaço, adicionando peso visual e textura. As cozinhas têm grandes blocos de mobiliário e o uso de cores diferentes certamente quebra a monotonia.

Mas cuidado para não ir da inspiração para a confusão: com a ajuda de um bom profissional, é possível ter uma cozinha bicolor que ainda seja clássica e atemporal. 

Imagens: Pinterest