Shakespeare and Company

A Shakespeare and Company é uma livraria que fica bem próxima à catedral Notre Dame e que faz parte da história literária de Paris. A primeira foi aberta por Sylvia Beach em 1919. Mudou de endereço em 1922 e foi ponto de encontro para escritores como James Joyce, F. Scott Fitzgerald e Ernest Hemingway. Acabou fechada por causa da ocupação nazista em 1940. No endereço atual ela funciona como biblioteca (grátis, aberta ao público), sebo e livraria, sendo que o café foi adicionado muito mais tarde, só em 2015.

A primeira visita que fizemos foi bem tranquila, logo cedo. Tive que voltar para o hotel e buscar algumas coisas e quando voltei meu marido ainda estava lá, lendo em uma poltrona enquanto o gato da loja, Aggie, dormia preguiçoso na janela.

Há um pedido para não tirar fotos dentro da livraria e eu obedeci. Infelizmente, não foi muita gente que me acompanhou. Comecei a perceber o motivo do pedido: a maioria entrava só para fazer selfies e saía sem comprar nada.

(imagem da internet, porque sou uma pessoa educada)

(as três imagens anteriores são de Thistle Harvest)

A verdade é que a loja é charmosa, uma perdição para os amantes de livros, com corredores apertados, paredes cobertas até o teto e aquele cheiro característico e adocicado de livros antigos. Aproveitamos bem essa visita, o que foi nossa sorte. Voltamos em outro dia, durante a tarde, e tinha uma multidão do lado de fora esperando na fila para poder entrar. Loucura total. 

O café ao lado da livraria sempre tem movimento, mas a gente conseguiu aproveitar mais de uma vez sem problemas. Achamos ótimo, mas é um ponto bem turístico. Não sei se é frequentado pelos locais.

O lugar é bem pequeno e com poucos lugares do lado de dentro, mas as mesas na calçada dão conta do movimento.

Eu adorei esses trilhos correndo junto ao teto. Depois fiquei sabendo que antigamente o espaço estava sendo usado como uma garagem e que as antigas portas foram convertidas em prateleiras (os trilhos são originais da época e as portas da garagem deviam correr por ali).

Caso vocês ainda tenham dúvidas, sim, eu trouxe uma sacolinha dessas pra mim. 

O menu, que muda frequentemente, em pranchetas na parede.

No primeiro dia eu só tinha a intenção de comprar algumas bebidas (o calor estava insuportável), mas não resisti à vitrine.

Barato, realmente não é. Mas é o preço de estar em Paris, no quilômetro zero, e de bebericar seu café enquanto admira a Catedral Notre Dame (se der sorte, os sinos também vão tocar enquanto você estiver por lá). Aconchegante e foi ótimo para repor as energias. Valeu a pena.