Thursday, October 27, 2011

Espaço Aproveitado


Usar o vão embaixo de escadas para armazenamento é um dos truques mais comuns do design de interiores. Não acho ruim e em alguns imóveis isso é até importante, já que eles estão ficando cada vez menores.


Esta área não deve ser desprezada. Lembre-se que ela custou tanto quanto as outras áreas da casa, e que por isso merece muito mais que uma porta de armário mal planejada. Mesmo as coisas mais banais podem ser resolvidas com criatividade, certo?


Gosto quando o vão da escada ganha um móvel embutido, bem planejado e bem executado. Conseguem imaginar como era este espaço antes, com o vão aberto? O banco também é muito bonito - gosto da cor da madeira natural em ambientes com bastante branco.


Prateleiras são mais simples e baratas, mas mas também podem ser usadas de várias maneiras diferentes.




Quando armazenamento não é um problema, os usos podem variar bastante. Uma opção é um espaço para relaxar.


Escadas geralmente ficam próximas da porta de entrada, onde deixamos casacos, bolsas, mochilas, chaves, etc. Um móvel que possa orgazinar todos esses acessórios é bem-vindo.


Se a lateral da escada ficar voltada para a sala, que tal usar o vão para o aparelho de TV? Aberto ou fechado, as duas soluções são interessantes.




Para quem não pode reservar um quarto para funcionar como escritório, o espaço é suficiente para acomodar os itens básicos.


Outra versão de escritório, mas com a lateral do vão fechada.


E você, tem escada em casa? Como usa ou usaria o espaço disponível? Comente!

Sunday, October 23, 2011

Mãos À Obra


Sempre fico indecisa antes de fazer um post sobre jardins ou áreas externas. Tenho a impressão que não vai ser interessante para muitas pessoas que moram em apartamentos.

Mas que boa surpresa veio com o tema Jardim Inglês! Recebi muitos emails com comentários, dúvidas e dicas, e adorei cada um deles. Sendo assim, preciso dar o resumo da semana sobre o que consegui fazer por aqui (e, de quebra, mostrar mais algumas imagens sobre o tema).


Em primeiro lugar: não aguento mais plantar. Mesmo. A composição está ficando boa, mas o jardim inglês exige muitas coisas acontecendo em pouco espaço, e isso é cansativo de fazer (não de olhar).

Aliás, não comentei alguns detalhes importantes no post anterior: ao contrário do jardim francês, derivado do paisagismo dos grandes palácios, o jardim inglês clássico não foi inspirado nas residências da alta sociedade. Pelo contrário, essa informalidade toda se deve à falta de planejamento e à falta de espaço presentes nas classes mais baixas: as pessoas simplesmente plantavam as novas mudas onde fosse possível, e por isso havia essa mistura de plantas ornamentais, ervas (para fins culinários e medicinais) e até árvores frutíferas sem nenhuma distinção.


Aqui tem acontecido o seguinte: trago um pouco de mudas e sacos de terra para casa a cada três dias, mais ou menos. Não quis comprar grandes quantidades de plantas de uma só vez porque acho mais eficiente montar pequenos trechos do canteiro e decidir o que mais falta, em termos de cor e portes diferentes, examinando o resultado das plantas no lugar. Além disso, como a quantidade de mudas é bem grande, prefiro dividir o trabalho em etapas e garantir que eu trabalhe sempre com plantas em bom estado.


Também falei sobre o delfino ser venenoso e recebi um email importante: a Ana Hafner escreveu me alertando que as glicínias também têm veneno, e eu realmente falhei em não dar esta informação.

Sim, eu tenho uma glicínia no meu jardim, mas já explico o motivo dela ter sido aprovada. Os delfinos possuem todas as partes venenosas; as glicínias só possuem as vagens e sementes com veneno. Como ela está subindo no pergolado, as partes que oferecem perigo estão fora de alcance. Além disso a floração dela é curta, o que reduz o período de risco, e o veneno só causa danos se ingerido em grandes quantidades (não é o caso do delfino). Então, se você tem crianças ou animais em casa, considere essa informação.

Falando em pergolado, o piso do nosso ficou com tijolos maciços assentados em espinha de peixe (como na imagem abaixo). Meu pedreiro não me levou a sério, queria que eu colocasse cerâmica. Tentou me convencer até o último dia. Mas estou adorando: os tijolos também não dão trabalho, já que não precisam estar impecavelmente limpos para ficarem bonitos, e até o musgo do inverno curitibano fica charmoso aqui. Perfeito.


Outra atualização da semana: meus canteiros, que eram de linhas retas, estão sendo redesenhados. Estou fazendo todas as bordas em curva, da maneira mais orgânica possível. Comecei desenhando o traçado no chão, mas agora estou usando um método muito mais prático: estendi uma mangueira (mangueira comum, de jardim) e fui arrumando as curvas como eu queria: abertas, fechadas, mais longas, outras mais curtas. Serviu como um gabarito, muito fácil de trabalhar. Outra vantagem é que você já pode ver o traçado e corrigir o que não está bom antes de abrir os canteiros, sem surpresas.


O banco do jardim também foi encomendado e chega na semana que vem. Posso dar mais detalhes sobre a qualidade do material e do serviço depois que ele for entregue, mas quem quiser olhar o site da empresa pode clicar aqui. É o mesmo fornecedor da maioria das lojas de Santa Felicidade, só que o preço é menor que o de uma revenda, obviamente.


Para as pessoas que se interessaram pelo estilo e quiserem se divertir um pouco, o site da Better Homes and Gardens tem uma seção muito interessante, Garden Plans. Aqui você vê projetos detalhados de paisagismo para qualquer situação: sol pleno, sombra, pequenos espaços, pode escolher o estilo, se quer trabalhar com plantas perenes ou anuais... É muito bom, um guia muito completo.

E por aqui o trabalho continua! Um bom domingo para vocês!

Monday, October 17, 2011

Meu (Futuro) Jardim Inglês


Ainda estou tentando montar o meu jardim, desde que a nossa reforma terminou. Infelizmente o progresso não foi muito grande esta semana, por causa da chuva.

Nesses dois anos que moramos nesta casa (quase três!), a jardinagem é minha terapia. E agora, tendo a oportunidade de refazer a área externa, resolvi pesquisar as minhas opções e decidi projetar um jardim inglês, que encaixa perfeitamente com as minhas necessidades e a minha personalidade.


Explico: ele é o oposto dos jardins franceses e italianos, com seus desenhos simétricos e estrutura mais rígida. O jardim inglês tem uma aparência mais natural, com grandes maciços de plantas e linhas curvas.


É permitida a mistura de vários tipos de flores, folhagens, arbustos e até ervas, desde que sejam plantas de pouca manutenção. Estes foram pontos essenciais para mim: o jardim se mantém praticamente sozinho e me oferece a liberdade de acrescentar plantas novas com o tempo, coisa que era impossível no meu paisagismo anterior. O jardim inglês pareceu a escolha lógica para mim.


A sensação deve ser de uma paisagem natural, com pouca ou nenhuma intervenção humana. E é aí que está a ironia: estou tendo muito trabalho para planejar o jardim de modo que pareça não-planejado. Uma displicência organizada, digamos assim.


Comprei algumas plantas novas mas, como eu já tinha um jardim montado, estou tentando aproveitar ao máximo o que já estava aqui também. A lista é grande, com ciprestes, arbustos, ervas variadas e flores: lavanda, bela-emília, rosas (6 ou 7 variedades, de híbridas a trepadeiras), jasmim, hortênsia, agapanto e muitas outras.


O delphinium (ou delfino) é marca registrada do jardim inglês, mas infelizmente não posso incluir aqui porque é muito tóxico. Nada recomendado para casas com crianças ou animais, exatamente o meu caso. Por isso vale dizer que estou eliminando algumas espécies e tentando fazer a substituição por outras equivalentes, e que portanto a minha lista não está presa somente às plantas tradicionalmente usadas.


Um dia a minha glicínia vai estar grande o bastante para cobrir o pergolado que construímos, e esta semana devemos comprar um banco com estrutura de ferro (as coisas andam devagar, mas andam!). Penso em comprar alguma peça parecida com esta abaixo:


Sobre aquela base de ferro fundido para a mesa, não lembro se dei mais informações depois que eles chegaram: vieram sem pintura, mas contratamos uma empresa e as peças ficaram lindas. Sexta-feira encomendamos o tampo em madeira de demolição, mas o prazo de entrega é de longuíssimos 30 dias. Se chegar tudo em ordem, prometo não reclamar.


Depois de todo este processo, pelo menos, meu trabalho vai ser bem menor. Aliás, o tempo trabalha a favor do jardim inglês: ele fica mais bonito quando as plantas estão bem crescidas, de preferência avançando no espaço umas das outras, sem a menor necessidade de perfeição.

Outra vantagem é que ele é indicado para qualquer terreno, acidentado ou não - muito democrático! Recomendo para quem tem um jardim, mas que gostaria de aproveitar o espaço sem a obrigação de uma manutenção infinita. Mas atenção: não confunda a informalidade do jardim com falta de cuidado!

Friday, October 14, 2011

Passado Mais-Que-Perfeito


Quem lê meu blog já sabe que sou uma francófila assumida. Não perco a mínima oportunidade de falar sobre a França e, em especial, sobre Paris. E, para não perder o costume, ontem assisti Meia-Noite em... Paris (onde mais?), depois de muito tempo de espera (talvez nem tanto assim, mas mais do que eu gostaria de ter esperado).


Quando vi o cartaz do filme pela primeira vez já fiquei impressionada: uma foto com o protagonista caminhando na margem do rio Sena, enquanto que a paisagem atrás dele se transforma nas pinceladas de Van Gogh (para quem não reconheceu, o céu foi "emprestado" da obra Noite Estrelada - veja aqui).


Parte do charme de Paris é, sem dúvida, entrar em um café ou bistrô e pensar em quantos escritores e artistas estiveram ali muito antes de nós. Se pensarmos em termos históricos, então, a cidade teria poucas concorrentes no mundo neste quesito.


Já ouvi críticas negativíssimas sobre o filme. Sejamos honestos, quem não tem idéia de quem eram e o que faziam Ernest Hemingway, Pablo Picasso, Salvador Dalí e tantos outros não vai entender mesmo boa parte das citações e da graça de Meia-Noite Em Paris.

Não vou estragar a história contando detalhes para quem ainda não assistiu, mas para mim a nostalgia do roteiro faz muito sentido. E a única certeza que fica é que Paris é mágica - em qualquer época.


Já usei esta imagem antes, mas é uma das minhas preferidas.
Todos os créditos para David Briard.

Tuesday, October 11, 2011

Transformações

A idéia era escrever este post no domingo, mas posso começar a semana com um pouco de atraso?


Lembram como tenho reclamado da quantidade de trabalho dos últimos meses? Em primeiro lugar, preciso esclarecer que acho realmente injusto reclamar de ter trabalho para fazer: ruim mesmo é não ter trabalho.

Mas estou quase entregando o projeto mais exigente e, embora ainda não esteja com folga, minha rotina já está bem diferente e mais leve.


Estou exausta, foi difícil manter o blog ativo e a minha loja, coitada, está muito incompleta, porque não tive chance de repor muito do que foi vendido.

Mas até isso acabou sendo positivo: a loja completou um ano, eu adquiri confiança e decidi que agora, com bem mais experiência, posso fazer um investimento maior nas minhas criações.


Retomei meus planos há alguns dias, fiz esboços, alguns cálculos. Para mim, nada melhor para a criatividade que ficar cercada de coisas belas (o que é, com certeza, um benefício duplo deste trabalho).

Volto a pedir desculpas para aqueles que estão esperando a reposição de alguns produtos. Não esqueci de nenhum de vocês, de verdade. Mas para quem gostava da loja, já adianto: o melhor ainda está por vir.



* Falando em ficar cercada de coisas belas, não resisti em dividir com vocês estas imagens. São da Martha Stewart Magazine, e a digitalização foi feita por Dress Design Decor.

Thursday, October 6, 2011

Casas que Amamos


Um tempo atrás fui comprar algumas revistas. Acabei encontrando uma interessante, mas fazia parte daqueles pacotes fechados com dois números já bem passados, de meses atrás.

Junto com esta revista havia uma outra que não me atraiu em nada: capa estranha, uma poltrona de um verde muito chamativo e era de dois anos atrás - muito mais antiga que o normal. Fiquei desanimada de trazê-la pra casa, mesmo que fosse quase de graça.


Quando abri, ela foi folheada somente com a intenção de confirmar que se tratava, realmente, de uma revista ruim.

Supresa: me apaixonei perdidadamente por uma das casas que ela apresentava. Vocês já devem ter visto a imagem deste hall na blogosfera (abaixo). Ele já apareceu em praticamente todos os blogs de interiores mas, estranhamente, os outros ambientes da casa, não.


Anos atrás, o lugar era um terreno ocupado por um estúdio artístico em estado tão lastimável que não pode ser aproveitado para nada. O casal que o comprou é apaixonado por viagens e, assim, precisavam de espaço para a coleção de fotografias do marido, que é fotógrafo amador, e os objetos e preciosidades que a esposa encontra pelo mundo.


Um dos conceitos inovadores que eles adotaram foram portas deslizantes em todas as divisões. Assim, é possível que as salas se abram totalmente e juntas formem, quando necessário, um grande espaço único. Além disso, todas as salas têm vista e passagem direta para o jardim.


Em resumo, a casa é uma tradução perfeita dos proprietários, com uma mistura eclética de belos artigos colecionados pelo tempo. É elegante sem ser intocável, confortável e muito detalhada. Um verdadeiro objeto de desejo.


Fonte: Maxima Interiores - Portugal, nº96 , março de 2009
Fotografia: Christopher Drake
Digitalização por Inspirational Homes

....................

Desculpem pela qualidade da digitalização. Foi o melhor que consegui depois de várias tentativas. A revista ainda apresenta outras fotos, mas são de página dupla e por isso não foi possível publicar algumas no blog.

Para quem quiser ver mais imagens desta casa, acesse Red Cover. Todas têm marca d'água, mas a visita vale a pena mesmo assim.

Saturday, October 1, 2011

Retiro Azul


Uma revista de decoração com uma casa clássica e elegante. Linda, sem dúvida. Mas o que a deixa especialmente irresistível e diferente das outras é saber que ela não foi decorada por um profissional renomado, mas pela proprietária: Elizabeth Elsey, uma ex-enfermeira!


Ela diz que cresceu em uma família muito ligada à arte e a arquitetura, e que adorava visitar o estúdio da avó, cheio de pinturas à óleo e peças de cerâmica ainda inacabadas. E que esta avó sempre a encorajou - e aos outros netos - a se envolver com todo o tipo de arte, sendo que hoje todos eles têm algum tipo de habilidade artística.



No caso dela, a veia artística aflorou na área de interiores. No ano de 1997 Elizabeth abandonou a carreira de enfermeira para abrir uma loja de decoração com uma amiga, mas o empreendimento não durou muito: o marido foi transferido para outra cidade e ela então concentrou a sua energia criativa em sua nova casa.



A inspiração veio dos verões que ela passou na infância. A casa tem cores de praia, incluindo azuis, beges e branco. No entanto, em um primeiro momento, as paredes foram pintadas de um amarelo claro, e só depois de um tempo, quando elas foram repintadas, a visão de Elizabeth começou a tomar forma. Sofás, cadeiras foram logo reformados para combinar com o novo estilo.


Clássica, a casa é um testemunho da atração de Elizabeth pela simetria. Ela define suas linhas como elegantes e ordenadas, mas acrescenta que é importante manter um certo senso de humor sobre a sua própria casa, e que ela não precisa ser sempre tão perfeita. No seu caso, três cães labradores circulam livremente por todos os ambientes e, inevitavelmente, deixam sua marca. Segundo ela, eles até roem a mobília, mas isso dá personalidade às peças.


Sem dúvida, este desprendimento de personalidade se reflete também na casa: suave, tranqüila, habitável e realista. Mas, confesso: se fosse minha, os labradores ficariam no jardim!

Fonte: Atlanta Homes and Lifestyles
Related Posts with Thumbnails